Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

• Delírio.

Ao meu lado, calor, suor. Corpos em um só. Mãos que se tocaram. Palavras sussurradas ao ouvido. Pareciam eternas. O cheiro, a pele. A boca. – eu ele, eleeu - . [...] the end.
Oh I wish that I Oh!
Was looking into your eyes ♪

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

• e antigas verdades viraram mentiras

depois de um tempo você percebe que quem você queria que estivesse sempre ao seu lado, simplesmente procurou o que achava mais conveniente. percebe que não importa o quanto você tente mudar, as coisas impossíveis continuarão impossíveis. percebe que correr atrás do que acha certo nem sempre leva a algum lugar. e que a noite traz a escuridão, e a escuridão traz o dia e com ele os sonhos se esvaem. ' e que por traz de toda carta de amor escrita há outra queimando '. e o passado é apenas um retrato na parede, que um dia vai desbotar. Tem que desbotar.
- e antigas verdades viraram mentiras,
e nada impede de uma paixão vir acontecer ♥

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

• é.

O Q U E V O C E F A R I A S E D E S C O B R I S S E Q U E T O D O S S Ã O I G U A I S ?

morri.

sábado, 14 de novembro de 2009

• pra não mais voltar

Vi uma criança, pobre criança. Não, definitivamente não. Não sabe ainda dos perigos do mundo. Nem dos desamores da vida. Não entende de escolhas, nem de indecisões. Sabe de brincar, e talvez até mais de viver. Entende de cores e sons, mas não sabe de arte ou música. Sabe o que significa dinheiro pra comprar balas na venda, mas não entende de economia. Não sabe ainda dos perigos do mundo nem dos desamores da vida.
.
"... imagino um barco de papel, indo embora pra não mais voltar ♪ '
.
11 de novembro de 2009; 12:55

sábado, 31 de outubro de 2009

• Sem título

Ósculos, Amplexos
Ver sentir
Toques, gestos ?
O Eu contido .
A modernidade estraga as pessoas
- suh.

domingo, 18 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

• Crônica

( Quando ela me falta, ou parece desinteressar-se de mim, sinto-me furtado numa parte do que sou, carecente, incompleto. Está cega toda um parte daquilo que me forma. As estrelas podem despencar do céu, e as cores desatarem no alto promessas de novas estações -- são míopes os olhos meus que assistem a esses fenômenos. Este é o motivo por que vagueio, e apalpo sem reconhecer os objetos que me cercam, como um homem que houvesse perdido a própria sombra. )

Crônica da Casa Assassinada de Lúcio Cardoso

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

• a gente deixa ...

   
  A gente descobre que não é mais criança quando na manhã do dia 12 não tem nenhum presente pra se procurar. A gente descobre que não é mais criança quando se esquece das bonecas e passa a pensar nos bebês de verdade. A gente descobre que não é mais criança quando sair com os pais deixa de ser a coisa mais interessante. A gente descobre que não é mais criança quando passa a esperar pelo namorado e não pelo namorico. A gente descobre que não é mais criança quando se usa maquiagem pra esconder as imperfeições da pele e não mais pelo prazer de se pintar.
   A gente deixa de ser criança quando troca o lápis de cor e o caderno de desenho, por milhares e milhares de folhas de caderno e uma caneta azul, ou preta. A gente deixa de ser criança quando não foi você quem acertou a bola na janela do vizinho. A gente deixa de ser criança quando percebe que realmente as pessoas passam pelas nossas vidas, e só.
   A gente descobre que não é mais criança quando na manhã do dia 12 não tem nenhum presente pra se procurar. A gente deixa de ser criança e nem por isso se tornou adulto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

" O enlouquecer das mentes se deturpam mutuamente e a gente só nota quando passa, quando as coisas já não são mais como antes e nunca vão voltar "
aquelalolita.com.br

domingo, 6 de setembro de 2009

• não sabe


Ela não sabe amar. Gestos, atitudes. Palavras, aah as palavras. Que a boca fala o que o coração está cheio nem sempre é verdade. Que as pessoas dizem o que realmente pensam nem sempre é verdade. Ela deixou que ele fosse embora, dia após dia. Ele está longe agora, tão longe que nem se pode sentir mais a sua respiração. Corações que um dia se encontram. Ela gostava de ouvir o coração dele bater. Gostava quando ele fazia o seu mundo girar. Gostava de acordar toda manhã e ter alguém para sorrir. Casa no campo, amor. ‘Promete ficar comigo pra sempre?’. Amor, amor. Corações que um dia se encontraram. Pare, bate o coração, em disritmia. Ela não sabe amar, ela não saberá.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

• durma medo meu '

Não sei se foi o vazio da fome. Mas de repente eu senti um vazio. Sabe, daqueles de doer. Sozinha, sozinha, sozinha. Não, eu, a fome, e a preguiça de fazer algo decente pra comer. O bom de ouvir música é que se encontra companhia, exceto quando a música aumenta seu vazio.

E nos esquecemos da cor que tinha o céu

quinta-feira, 23 de julho de 2009

• O beija-flor do outro lado do vidro da janela

Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008

Sala de aula, 7:42 da manhã, segunda-feira, aula chata. Meio que deitada na carteira, ouvindo o barulho da bagunça no fundo da sala, a professora TENTANDO explicar alguma coisa, acho que competem quem fala mais alto, ou algo bem semelhante. Weber? Acho que era esse o assunto, nada contra é claro, o que eu quero fazer na faculdade mesmo?!

Ninguém reparou no beija-flor do outro lado do vidro da janela, se tivessem reparado algum idiota teria dito. ‘O beija-flor representa a vida’, foi o que eu escutei, quando me perguntaram o que eu estava fazendo com papel e caneta na mão enquanto todos estavam falando sobre qualquer outra coisa ‘Escrevendo um texto sobre o beija-flor’ foi o que eu disse. ‘Não, não é um texto romântico sobre o beija flor’, ou talvez até fosse.

O beija-flor que estava do outro lado do vidro da janela. Onde Será que estava indo? Difícil é ver coisas tão simples em meio a correria da cidade, Fácil é passar por tudo e nada notar. Ouvi dizer que a água com açúcar que colocam naquele ‘bebedouro para pequenas aves’ faz mal aos beija-flores. Quem sabe disso?

Ninguém reparou no beija-flor do outro lado do vidro da janela, estavam ocupados demais com todos os outros pensamentos fúteis.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

   
' E muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais
Pouco eu não quero mais. ♪ '