Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

do ocaso

Tudo tem seu fim
a noite bem-dormida
o lençol amassado
as roupas jogadas pelo chão

Pelas frestas o sol que entra através da janela do quarto
(seu quarto
meu quarto
nosso quarto de dormir)
ilumina seu corpo nu

Outrora encontrávamos em um ritmo febril
nossos dedos entrelaçados
nossos corpos convulsos

se inventaram no quase invisível

A voz macia, o riso doce
não são mais comoventes
Ora, até isso tem seu fim.

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