Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

o mundo é um moinho

“Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és...

E me disseram uma vez que após determinado tempo o coração se acostuma. Pura mentira. Disseram também que quando não utilizado por muito tempo ele morre. Pura mentira. Até me disseram que Deus era amor. E mais uma vez fui enganada. E na vida essas são umas das muitas mentiras que nos contam. Quando na verdade os tombos são cada vez de lugares mais altos, e ninguém se acostuma a cair.

...Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés”

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