Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

sábado, 24 de março de 2012

se tudo pode acontecer

Ao som de http://www.youtube.com/watch?v=6S4siwNUEc4

Não me pergunte como nem porquê, mas essa noite mais uma vez sonhei com você. Não sei quanto tempo durou e nem mesmo como começo, mas você lá estava. Às vezes assim você surge em mim como uma outra espécie de felicidade, coisa que eu jamais teria se pudesse ter você por perto todo o tempo. Pois para falar a verdade não sei por que naquele derradeiro dia me apaixonei por você. Embora eu soubesse que, uma vez tendo eu te encontrado nada mais poderia evitar em relação àquele profundo sentimento que vez ou outra vem nos visitar. Por vezes raras vi você passar por mim e lembro-me de cada uma delas. Frente ao espelho não mais me encontro durante muito tempo, até que sinto que posso te encontrar novamente. Nas páginas de um livro anotei seu nome para que não mais pudesse esquecê-lo. Desde então me desconheço e apenas me reconheço em ti quando posso ver-te. E todos os momentos anteriores a sua chegada são esquecidos. Nesse momento de silêncio que certamente se fará quando não tenho nada a dizer a você, é que eu me reencontro. Nesses encontros um tanto casuais, nessas tardes de quase a mesma estação...

“Pode alguém aparecer
E acontecer de ser você
Um cometa vir ao chão
Um relâmpago na escuridão
E a gente caminhando
De mão dada
de qualquer maneira

Eu quero que esse momento
Dure a vida inteira”