Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

sem aviso

Inútil foi o pensamento de que após o fim as coisas poderiam seguir como sempre foram antes de qualquer começo. Em meio a rebuliços pensou poder calar qualquer grito em que se levantasse a bandeira branca. No entanto, parece mais que certo que, uma hora ou outra as coisas se findarão por completo. Poderia adiantar o momento mandando tudo ao raio que o parta, mas anda fraca e sem esperanças pra se arriscar a perder mais alguém. Poria em palavras mais que desnecessárias todas essas frases tortas e enviaria por correio se pudesse. Escreveria cinco ou seis bilhetes e espalharia pela casa só para se lembrar de esquecer. Mudaria o quarto de lugar e todos os livros da estante e “enganaria mais uma vez o cérebro de que organizar purifica a alma”.

E a própria simplicidade das coisas se perde a cada momento de palavras mal ditas. Uma miríade delas se forma cada vez mais. Até quando, meu Deus?


"Calma
Dê o tempo ao tempo, calma
alma
Põe cada coisa em seu lugar
E o dia virá, algum dia virá
Sem aviso

então..."

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

sem título

escrito em 17 de novembro de 2011

Passaram juntos cerca de 5 anos. Nesse período ela poderia dizer que tudo ocorreu da melhor maneira possível. Percebia cada dia mais seu amor crescer, e, com ele a ideia de que o eterno existia. Nenhum aviso, nem mesmo dos amigos mais próximos, faria com que ela desistisse. Mas veio o tempo e com ele as marcas do passado que manchavam a vida do outro. E foi nesse momento que descobriu que um terceiro elemento que havia desaparecido decidiu voltar a dar as caras. Ele, que jamais esqueceu nem mesmo por um minuto desse outro, viu que este poderia ser o momento certo para voltar à vida. Lembre-se que aqui falei somente do amor e da felicidade dela, e em nenhum momento fiz qualquer referência ao sentimento do outro. É sabido que a única coisa que se sabe é que na verdade não se sabe nada sobre ele. Hoje, após certo tempo de término ele ainda cobrava que fossem amigos, ora, tanto tempo não poderia ser jogado às traças. Ela, irredutível sequer dava moral. Ele, em todo esse tempo jamais a amou – nem mesmo por um minuto -, e isso ela jamais perdoaria.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

liv and let die

“ When you were young and your heart was an open book
You used to say live and let live
(You know you did, you know you did, you know you did)
But if this ever-changing world in which we live in
Makes you give in and cry

Say live and let die
(Live and let die)
Live and let die
(Live and let die) ”