Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Tomo,
por uns breves minutos desisto
imagino a água entrando pelos bolsos
o ar findo
imagino o sangue escorrendo pelo torso

Não fosse o medo do depois
já teria dado cabo nessa vida
Mas o que me dirá do vazio?

Gélido, incolor, restrito?
Só por isso insisto