Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

quinta-feira, 16 de julho de 2015



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E essa vontade de você que não passa.

"Vem, me acalma

Traz os disco, fica"

sábado, 11 de julho de 2015

De um dia de verão



Café quente. Livro aberto, lido linha a linha. Imaginando cada palavra digitada frente ao computador no canto de uma sala qualquer. O pulso firme. Provavelmente alguns rascunhos dispersos jogados pela mesa, provavelmente alguns “desenhos”. O olhar de alguém dedicado que não sossega enquanto não vê o trabalho findo. Em algum momento arruma os óculos cautelosamente, mas em um gesto quase mecânico. Levanta um pouco a manga do braço esquerdo da camisa polo, talvez sem se dar conta do gesto. (Re)lê as linhas escritas. Inventa as palavras cuidadosamente, delineia sertões. (Re)Inventa histórias, agora com mais gosto para serem lidas por outrem. Tivesse nascido noutra década teria sido um poeta escritor tuberculoso, dos melhores. Hoje talvez tenha que se contentar com mocinhas que acham que cada linha escrita por ele é o que de melhor pode ser lido nos últimos tempos. Mas deve ter um desses dons de viver sozinho, sem muitos afetos. O trabalho bem feito, afinal, deve valer mais que uns breves suspiros. O café esfriou. O livro continua aberto. E você não sai do meu pensamento.


“Tá tudo bem, finjo que nem sei o seu nome...
Mas se pensei a semana inteira em te rever deve ser um acaso qualquer
Digo adeus e o tom da voz sob controle...

Só por favor não me apareça em sonho mais como faz desde a primeira vez...
Mas se pensei a semana inteira em te rever, pode crer, vem vou te fazer bem.”
(Tatame – 5 a seco)

segunda-feira, 6 de julho de 2015