Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

domingo, 25 de junho de 2017

Antes,
ao término de um relacionamento,
eu só enchia a cara e discutia reduzindo tudo a duas ou três palavras chulas numa mesa de bar,
como ensinou Caio Fernando.

Hoje,
a bebida ataca o fígado.

Termino e preciso me contentar apenas com um chá de boldo.
Amargo,

como a vida.