Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena
quarta-feira, 22 de julho de 2015
quinta-feira, 16 de julho de 2015
sábado, 11 de julho de 2015
De um dia de verão
Café quente. Livro aberto, lido
linha a linha. Imaginando cada palavra digitada frente ao computador no canto
de uma sala qualquer. O pulso firme. Provavelmente alguns rascunhos dispersos
jogados pela mesa, provavelmente alguns “desenhos”. O olhar de alguém dedicado
que não sossega enquanto não vê o trabalho findo. Em algum momento arruma os
óculos cautelosamente, mas em um gesto quase mecânico. Levanta um pouco a manga
do braço esquerdo da camisa polo, talvez sem se dar conta do gesto. (Re)lê as
linhas escritas. Inventa as palavras cuidadosamente, delineia sertões.
(Re)Inventa histórias, agora com mais gosto para serem lidas por outrem.
Tivesse nascido noutra década teria sido um poeta escritor tuberculoso, dos
melhores. Hoje talvez tenha que se contentar com mocinhas que acham que cada
linha escrita por ele é o que de melhor pode ser lido nos últimos tempos. Mas
deve ter um desses dons de viver sozinho, sem muitos afetos. O trabalho bem
feito, afinal, deve valer mais que uns breves suspiros. O café esfriou. O livro
continua aberto. E você não sai do meu pensamento.
“Tá
tudo bem, finjo que nem sei o seu nome...
Mas
se pensei a semana inteira em te rever deve ser um acaso qualquer
Digo
adeus e o tom da voz sob controle...
Só
por favor não me apareça em sonho mais como faz desde a primeira vez...
Mas
se pensei a semana inteira em te rever, pode crer, vem vou te fazer bem.”
(Tatame
– 5 a seco)
segunda-feira, 6 de julho de 2015
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