Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

um (dois) bilhetinho (s)



Faz um tempo recebi um bilhetinho
Papel solto nas minhas coisas
Palavras de uma pequena declaração

Li
(Re)li
Tentei identificar a letra

Fiquei fazendo retrospectiva
Procurado uma pista, desencanei
Joguei o bilhetinho fora
Achei que não era pra mim

Esses dias descobri
Que o bilhetinho estava no lugar certo
E que o amor é isso que passa enquanto a gente acha que não é com a gente


(Ganhei outro bilhetinho)





quinta-feira, 16 de julho de 2015



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E essa vontade de você que não passa.

"Vem, me acalma

Traz os disco, fica"

sábado, 11 de julho de 2015

De um dia de verão



Café quente. Livro aberto, lido linha a linha. Imaginando cada palavra digitada frente ao computador no canto de uma sala qualquer. O pulso firme. Provavelmente alguns rascunhos dispersos jogados pela mesa, provavelmente alguns “desenhos”. O olhar de alguém dedicado que não sossega enquanto não vê o trabalho findo. Em algum momento arruma os óculos cautelosamente, mas em um gesto quase mecânico. Levanta um pouco a manga do braço esquerdo da camisa polo, talvez sem se dar conta do gesto. (Re)lê as linhas escritas. Inventa as palavras cuidadosamente, delineia sertões. (Re)Inventa histórias, agora com mais gosto para serem lidas por outrem. Tivesse nascido noutra década teria sido um poeta escritor tuberculoso, dos melhores. Hoje talvez tenha que se contentar com mocinhas que acham que cada linha escrita por ele é o que de melhor pode ser lido nos últimos tempos. Mas deve ter um desses dons de viver sozinho, sem muitos afetos. O trabalho bem feito, afinal, deve valer mais que uns breves suspiros. O café esfriou. O livro continua aberto. E você não sai do meu pensamento.


“Tá tudo bem, finjo que nem sei o seu nome...
Mas se pensei a semana inteira em te rever deve ser um acaso qualquer
Digo adeus e o tom da voz sob controle...

Só por favor não me apareça em sonho mais como faz desde a primeira vez...
Mas se pensei a semana inteira em te rever, pode crer, vem vou te fazer bem.”
(Tatame – 5 a seco)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

domingo, 19 de outubro de 2014

(h)ave(r)sso

Tumultua todos os meus versos
Reversos
Me vira do avesso
melífluamente
Há verso, avessos

terça-feira, 16 de setembro de 2014

daquelas tardes vazias



respingos das noites de luar.
das letras de músicas.
dos sons no carro.
das conversas.
dos bilhetinhos.
dos desenhos.
das mãos no cabelo.
da cor.
do toque.
do nada que sempre esperou por tradução.
do seu olhar lançado sobre o livro,
na biblioteca,
sempre que passava alguma garota.
e de desarrumar as suas coisas na mesa.
a saudade de sempre, de ter você por perto.
porque agora você só tem olhos para as garotas de Ipanema...



... Mas quando o neon é bom
Toda noite é noite de luar
:) 


"diga a verdade, doa a quem doer, doe sangue e me dê seu telefone" ;)



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

virando a noite
pra te mostrar um verso
inventa(n)dos  amores

"seu sorriso é o que eu preciso e quanto ao resto, eu juro, tanto faz"