Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

quinta-feira, 23 de julho de 2009

• O beija-flor do outro lado do vidro da janela

Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008

Sala de aula, 7:42 da manhã, segunda-feira, aula chata. Meio que deitada na carteira, ouvindo o barulho da bagunça no fundo da sala, a professora TENTANDO explicar alguma coisa, acho que competem quem fala mais alto, ou algo bem semelhante. Weber? Acho que era esse o assunto, nada contra é claro, o que eu quero fazer na faculdade mesmo?!

Ninguém reparou no beija-flor do outro lado do vidro da janela, se tivessem reparado algum idiota teria dito. ‘O beija-flor representa a vida’, foi o que eu escutei, quando me perguntaram o que eu estava fazendo com papel e caneta na mão enquanto todos estavam falando sobre qualquer outra coisa ‘Escrevendo um texto sobre o beija-flor’ foi o que eu disse. ‘Não, não é um texto romântico sobre o beija flor’, ou talvez até fosse.

O beija-flor que estava do outro lado do vidro da janela. Onde Será que estava indo? Difícil é ver coisas tão simples em meio a correria da cidade, Fácil é passar por tudo e nada notar. Ouvi dizer que a água com açúcar que colocam naquele ‘bebedouro para pequenas aves’ faz mal aos beija-flores. Quem sabe disso?

Ninguém reparou no beija-flor do outro lado do vidro da janela, estavam ocupados demais com todos os outros pensamentos fúteis.

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