Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

domingo, 6 de setembro de 2009

• não sabe


Ela não sabe amar. Gestos, atitudes. Palavras, aah as palavras. Que a boca fala o que o coração está cheio nem sempre é verdade. Que as pessoas dizem o que realmente pensam nem sempre é verdade. Ela deixou que ele fosse embora, dia após dia. Ele está longe agora, tão longe que nem se pode sentir mais a sua respiração. Corações que um dia se encontram. Ela gostava de ouvir o coração dele bater. Gostava quando ele fazia o seu mundo girar. Gostava de acordar toda manhã e ter alguém para sorrir. Casa no campo, amor. ‘Promete ficar comigo pra sempre?’. Amor, amor. Corações que um dia se encontraram. Pare, bate o coração, em disritmia. Ela não sabe amar, ela não saberá.

2 comentários:

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

Algumas coisas a gente vai aprendendo enquanto ele[s] se afasta[m], ao passo em que as batidas do seu coração vão se tornando distante, baixos, inaudiveis... A gente aprende, Su, que deixar que alguém se vá não é mesmo que mandá-lo embora. As pessoas apenas vão. Não importa se havia ou não uma porta aberta. Não sei... A gente aprende também que, ás vezes pela mesma porta, outras pessoas entram em sua casa, colorem outra vez suas paredes e posam pras fotos na mesinha de cabeceira. Isso assusta, amedronta, surpreende e parece frio quando ainda se ama ou quando simplesmente se sente falta. Eu também tô assustada, com medo e surpresa em dizer isso (em sentir isso). E eu não sei como terminar esse comentário...

Tão lindo seu texto *-*

Suelen Caldas disse...

mais lindo o seu texto que o meu :O. 'e parece frio quando ainda se ama ou quando simplesmente se sente falta.' disse tudo... e não sei como terminar esse comentário [2]