Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

terça-feira, 13 de outubro de 2009

• Crônica

( Quando ela me falta, ou parece desinteressar-se de mim, sinto-me furtado numa parte do que sou, carecente, incompleto. Está cega toda um parte daquilo que me forma. As estrelas podem despencar do céu, e as cores desatarem no alto promessas de novas estações -- são míopes os olhos meus que assistem a esses fenômenos. Este é o motivo por que vagueio, e apalpo sem reconhecer os objetos que me cercam, como um homem que houvesse perdido a própria sombra. )

Crônica da Casa Assassinada de Lúcio Cardoso

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