Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

quinta-feira, 8 de abril de 2010

• acima do sol

Os dias passam e o que fazia sentido agora deixa de ter significado, pelo menos lógico. Não há mais nada que faça voltar ou revoltar os sentimentos até então existentes. Atrás das janelas não se vislumbra mais o horizonte em comum que por algum motivo ou razão existiu, um dia. Por um momento ela quase deixa de sentir fome ou frio, daqueles de gente, de amor, de cumplicidade e entrega. Recompõe-se devagar, traço após traço. Os sonhos ainda a incomodam, e no meio da noite às vezes acorda assustada, pensando ser algum sinal. Eu queria insistir, mas o caminho só existe quando você passa... De repente, aquele outro ser que se misturava em sentimentos - ou em razão, que seja – ao dela, havia trazido uma possibilidade de deixar de lado a estagnação, a inércia. Poderia permanecer em casa lendo, ou sair e ver o mundo, sem se importar com o porvir. ‘ Estou contente outra vez’, pensou. E era tão bom se sentir assim.

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis... ♪

Nenhum comentário: