Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Clocks

Linhas que não poderiam ser mudadas e caminhos que talvez nunca mais se cruzem. Das trevas que emergem em meio a escuridão nada poderá se salvar. Não há tempo. O fogo queima e em pouco tempo tudo se desfaz. As cinzas não são reconstituíveis. O tempo consome tudo, muito se perde. Só vivemos uma vez nessa vida. De resto, todas as coisas se consomem, somem engolidas pelo tempo. Um buraco negro em algum lugar do espaço faz com que nada volte.

E não mudaremos o passado e nada sabemos sobre o futuro. Dos dias nem mesmo poderei dizer que pertencem a Deus. Deus faz tempo esqueceu dos mortais. Não há mal, não há bem, apenas atitudes que geram ou deixam de gerar sentimentos, estes incontroláveis. Incontroláveis mas possíveis de se esconder, e se esquecer e de não mais se ter. Não jogue as chaves fora.

Saia ou retire-me do incêndio enquanto há tempo. Breve tudo se findará.

"Come out upon my seas

Cursed missed opportunities

Am I a part of the cure?

Or am I part of the disease? Singing"

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