Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

sábado, 14 de novembro de 2009

• pra não mais voltar

Vi uma criança, pobre criança. Não, definitivamente não. Não sabe ainda dos perigos do mundo. Nem dos desamores da vida. Não entende de escolhas, nem de indecisões. Sabe de brincar, e talvez até mais de viver. Entende de cores e sons, mas não sabe de arte ou música. Sabe o que significa dinheiro pra comprar balas na venda, mas não entende de economia. Não sabe ainda dos perigos do mundo nem dos desamores da vida.
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"... imagino um barco de papel, indo embora pra não mais voltar ♪ '
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11 de novembro de 2009; 12:55

sábado, 31 de outubro de 2009

• Sem título

Ósculos, Amplexos
Ver sentir
Toques, gestos ?
O Eu contido .
A modernidade estraga as pessoas
- suh.

domingo, 18 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

• namoro séc XXI

- eu te amo.
- eu também te amo.
- muito ?
- muito.
[...]
- eu gosto de verde.
- eu gosto de azul.
- vamos terminar.
- vamos.

• é.


eu não tenho tempo pra falar teu nome, eu não tenho nome pra você dizer ♪

• Vamos prum lounge '


um salve pra quem inventou de colocar pinga, limão, gelo e açúcar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

• Crônica

( Quando ela me falta, ou parece desinteressar-se de mim, sinto-me furtado numa parte do que sou, carecente, incompleto. Está cega toda um parte daquilo que me forma. As estrelas podem despencar do céu, e as cores desatarem no alto promessas de novas estações -- são míopes os olhos meus que assistem a esses fenômenos. Este é o motivo por que vagueio, e apalpo sem reconhecer os objetos que me cercam, como um homem que houvesse perdido a própria sombra. )

Crônica da Casa Assassinada de Lúcio Cardoso

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

• a gente deixa ...

   
  A gente descobre que não é mais criança quando na manhã do dia 12 não tem nenhum presente pra se procurar. A gente descobre que não é mais criança quando se esquece das bonecas e passa a pensar nos bebês de verdade. A gente descobre que não é mais criança quando sair com os pais deixa de ser a coisa mais interessante. A gente descobre que não é mais criança quando passa a esperar pelo namorado e não pelo namorico. A gente descobre que não é mais criança quando se usa maquiagem pra esconder as imperfeições da pele e não mais pelo prazer de se pintar.
   A gente deixa de ser criança quando troca o lápis de cor e o caderno de desenho, por milhares e milhares de folhas de caderno e uma caneta azul, ou preta. A gente deixa de ser criança quando não foi você quem acertou a bola na janela do vizinho. A gente deixa de ser criança quando percebe que realmente as pessoas passam pelas nossas vidas, e só.
   A gente descobre que não é mais criança quando na manhã do dia 12 não tem nenhum presente pra se procurar. A gente deixa de ser criança e nem por isso se tornou adulto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

" O enlouquecer das mentes se deturpam mutuamente e a gente só nota quando passa, quando as coisas já não são mais como antes e nunca vão voltar "
aquelalolita.com.br

domingo, 6 de setembro de 2009

• não sabe


Ela não sabe amar. Gestos, atitudes. Palavras, aah as palavras. Que a boca fala o que o coração está cheio nem sempre é verdade. Que as pessoas dizem o que realmente pensam nem sempre é verdade. Ela deixou que ele fosse embora, dia após dia. Ele está longe agora, tão longe que nem se pode sentir mais a sua respiração. Corações que um dia se encontram. Ela gostava de ouvir o coração dele bater. Gostava quando ele fazia o seu mundo girar. Gostava de acordar toda manhã e ter alguém para sorrir. Casa no campo, amor. ‘Promete ficar comigo pra sempre?’. Amor, amor. Corações que um dia se encontraram. Pare, bate o coração, em disritmia. Ela não sabe amar, ela não saberá.