Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

• um girassol sem sol ...

.
I see that look in her face she's got that look in her eye
She's thinking how did I get here and wondering why ♪
                             
  Ela saiu, desejando encontrá-lo em qualquer esquina. Saiu sem horizonte, esperando que ele passasse e lhe mostrasse o sul, magnético ou geográfico, pouco importava. Pelas ruas, carros, luzes. Nada. A cidade de repente ficou grande e tudo estava vazio. Nem mesmo os lugares rotineiros continham qualquer vestígio. Terá desaparecido? Que sumiu do ponto de visão era um fato, mas onde ele estava? Andou, andou e reandou. Passou pelo mesmo lugar milhares de vezes. Lembranças não fazem pessoas aparecerem, descobriu sozinha. Nenhum bilhete, telefonema, ou mensagem telepática, que seja. Incomunicáveis, por sorte ou azar. Talvez quando as pessoas procuram outras é a hora que elas teimam em desaparecer. [ '... um girassol sem sol, um navio sem direção ♪' ‘ ‘Você precisa de um sol ?' ] Hoje ela precisava, mas talvez ele realmente a tenha esquecido.
                           
… It seems so unlikely in this day and age ♪

2 comentários:

Diego? Glommer? disse...

Procuro e nunca acho. Só acho por obra do acaso...

No fim creio que é por aí. Legal seu jeito de escrever. Acho que teria dado um belo conto se vc tivesse seguido mais em frente.

Beijo.

Isa disse...

Se é pra chamar de ' destino ' , essa coisa me assusta. Eu não gosto de desencontros, e a música do Ira é linda. Minha amiga escreve demais, só pra constar <3