Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

sábado, 30 de julho de 2011

Folhetim

ao som e letra de Folhetim - do Chico



Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem "sim!". Por um dia e uma ida ao cinema, todo o amor que houver nessa vida. E pela volta na praça, as saídas de mãos dadas, todo o amor que houver nessa vida. Todos os convites aceitos, e fica certo. Por um coisa à toa, uma noitada boa, um cinema um Botequim. Os presentes infantis, os presentes de verdade, a loja de cd’s, as camisetas de super-herói, as aulas de física, as figurinhas do Batman. E se tiveres renda aceito uma prenda, qualquer coisas assim, como uma pedra falsa, um sonho de valsa ou um corte de cetim. A pulseira azul em meio a propostas de visita a Angra dos Reis agora se encontrava-se no fundo da caixa de bugigangas. Poderia ter jogado fora. Eu te farei as vontades, direi meias verdades sempre à meia luz. As conversas sobre astronomia, e o tempo perdido que era dedicado a falar sobre os outros. As promessas de um futuro. E te farei vaidoso supor que é o maior e que me possuis. Os melhores beijos e as melhores noites de amor, todo amor que houver nessa vida. Mas na manhã seguinte não conta até vinte: Te afasta de mim, pois já não vales nada. E me fale e me peça amores, por um instante, não mais. És pagina virada, descartada do meu folhetim.

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