Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

terça-feira, 20 de setembro de 2011

socorro

E poderia dizer que seu coração voltou ao estado de inércia original. Sem nenhuma força física que o impulsionasse, além do simples bater para bombear o sangue. Só poderia guardar nesse momento ódio, uma vez que, todos os outros laços foram desfeitos .

Mas nem ódio sentia.

Talvez um impulso qualquer de um eu quero estar com você agora que acabaria no minuto da recusa. Não há motivo afinal, para qualquer demonstração de sentimentos, não há sequer motivos para se ter.

Não há vida lá fora, tudo se passa dentro da História de um livro qualquer, ou dos amores platônicos que decide e (des)decide ter quando bem entende.

E seu corpo não deixaria de ser um depositório de prazer, estes verdadeiros. Em qualquer momento.

E agora aceitaria qualquer convite descompromissado – e somente estes – para uma noite qualquer . Um simples sanar de prazeres carnais . Momentos sem nenhuma necessidade de repetição.

“Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva.”

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