Sempre que escrevo um poema, um poeta de verdade se remexe no túmulo, por dor ou por pena

terça-feira, 13 de setembro de 2011

conta outra

É bem certo que quando termina algo na vida, pelo mínimo de consideração você deve passar um processo de luto. Então, use preto, chore, beba conhaque, faça drama, sofra. Compre um maço de cigarros e fume-o até o fim. O importante é que algo dentro de você indique que você tem um coração, não desses de pedra. Não adianta, alguma coisa sempre termina. Quase nunca da melhor forma. Só resta escolher até quando vai cultivar a tristeza. Até quando irá se permitir sofrer. Se é bem certo que o seu eu - lírico age melhor nos dias cinzas, mande-o para o inferno, e que o diabo o carregue. Vá para o primeiro boteco e brinde o desapego. Tatue um trevo de quatro folhas e espere pela sorte. Lá fora a vida sempre continua.

“Conta outra,

Nessa eu não caio mais

Já foi-se o tempo em que eu pensei que você era um bom rapaz”

Um comentário:

Isa disse...

É bem verdade.